De uma forma ou de outra o ser humano busca ser feliz através do seu modo de vida, dos valores que leva consigo, da construção do caminho pessoal, da sua busca profissional e de toda soma de fatores que lhe possa trazer alegria… Ainda  assim, com tantas pequenas alegrias e realizações, o homem se sente muitas vezes frustrado, triste, num estado de negatividade que lhe é muito peculiar…

Mas o que de fato faz o homem feliz? O que é capaz de trazer-lhe uma alegria, uma felicidade que lhe seja perene e que não se dissolva com o raio do sol?

Por exemplo: Demócrito de Abdera (460 a.C./370 a.C.) julgava que a felicidade era “a medida do prazer e a proporção da vida…” Para Sócrates (469 a.C./399 a.C.) a felicidade era o bem da alma que só podia ser atingido por meio de uma conduta virtuosa e justa…” Platão (427 a.C./347 a.C) considerava que todas as coisas têm sua função; assim, como a função do olho é ver e a do ouvido, ouvir, a função da alma é ser virtuosa e justa, de modo que, exercendo a virtude e a justiça, ela obtém a felicidade…” Para a filosofia cristã, Tomás de Aquino (1225/1274) e todos santos da Igreja católica, mais do que a busca pela felicidade, o que contava era a salvação da alma…

Sempre foi colocada em pauta a questão da felicidade e com passar do tempo, esses questionamentos continuaram muito parecidos, mudando-se apenas a roupagem segundo o momento político-social-literário. Para Nietzsche a felicidade é uma condição efêmera que pode mudar a qualquer momento. Estar bem graças a circunstâncias favoráveis ou à boa sorte não é felicidade. A felicidade é força vital, espírito de luta contra todos os obstáculos que restrinjam a liberdade e a autoafirmação. Para Jose Ortega a felicidade só será encontrada quando a vida projetada e a vida real coincidirem…

Enfim, embora o tema seja tão recorrente o sujeito ainda busca alguma coisa que defina esse seu desejo de ser feliz, como objeto maior da busca. E se fosse tão simplista dizer que apenas mudando nosso padrão mental encontraríamos a felicidade, o mundo estaria hoje mais colorido…

Mesmo muitos séculos a.C. alguns filósofos já buscavam entender a dinâmica da felicidade, o que de fato levava um indivíduo a ser feliz – muitas ideias surgiram a partir desse questionamento e muitas dúvidas também surgiram a  partir deles.

Alguns autores mais contemporâneos dizem que a felicidade é uma ciência e nos dão bons caminhos para que nos transformemos e sejamos mais felizes. Mas será, de fato,  isso mesmo? Alguns sugerem caminhos, outros nos dão boas dicas e outros nos dão pequenas metodologias para que nos encontremos… Sei que temos internalizados padrões no subconsciente que podem ser modificados, alterados, uma vez que identificados, porém ainda sinto que é preciso ultrapassar a barreira do racional para que alcancemos a felicidade na sua plenitude. Não seria a felicidade um estado de consciência? Um nível de consciência da gratidão?

Cida Montijo – Maio 2020

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